Achei guardado na casa da mamãe um papel de caderno amarelado, com uma letrinha infantil e tão bonita! Foi uma tentativa minha, ingênua mas super intensa, de fazer um poema só para dizer quem sou. A tendência melancólica é própria da idade, mas resquícios dela ainda sobrevivem em mim até hoje.
"Não nesta vida,
o brilho das joias me farão sonhar
ou mesmo a feliz facilidade me guiar...
Meus caminhos por terras férteis
talvez algum dia hei de encontrar...
Encantos fugazes iludem e castram
a alma diluída e comprimida
por momentos de êxtase
que se pagam com lágrimas, dor e opressão
Minha alma sôfrega pede abrigo
onde quer que possa iluminar seus atos
Ela irá subindo
e só descansará quando uma estrela encontrar.
Que sua alva luz aconchegue os erros
apague as feridas, esqueça as fraquezas
E me conduza junto com o vento
para longe
Longe
Talvez em outra vida."
27/08/1993
3 comentários:
Você foi longe mesmo Carol. Encontrou abrigo para sua alma na estrela (de Davi) e nos meus braços. Esta poesia é a prova de que nossos sonhos podem ser realizados sempre, basta querer. Beijos.
Muito bom o poema!
lindo.Já mostrava talento para a escrita aos 16.
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