segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu aos 16

Achei guardado na casa da mamãe um papel de caderno amarelado, com uma letrinha infantil e tão bonita! Foi uma tentativa minha, ingênua mas super intensa, de fazer um poema só para dizer quem sou. A tendência melancólica é própria da idade, mas resquícios dela ainda sobrevivem em mim até hoje.

"Não nesta vida,
o brilho das joias me farão sonhar
ou mesmo a feliz facilidade me guiar...

Meus caminhos por terras férteis
talvez algum dia hei de encontrar...
Encantos fugazes iludem e castram
a alma diluída e comprimida
por momentos de êxtase
que se pagam com lágrimas, dor e opressão

Minha alma sôfrega pede abrigo
onde quer que possa iluminar seus atos
Ela irá subindo
e só descansará quando uma estrela encontrar.

Que sua alva luz aconchegue os erros
apague as feridas, esqueça as fraquezas
E me conduza junto com o vento
para longe
Longe

Talvez em outra vida."

27/08/1993

3 comentários:

Fernando Lutterbach disse...

Você foi longe mesmo Carol. Encontrou abrigo para sua alma na estrela (de Davi) e nos meus braços. Esta poesia é a prova de que nossos sonhos podem ser realizados sempre, basta querer. Beijos.

João Paulo disse...

Muito bom o poema!

Ana Clara Lima disse...

lindo.Já mostrava talento para a escrita aos 16.