quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Escrever de verdade


Sinto uma tristeza quando pego um lápis e começo a escrever num caderno ou numa folha solta qualquer. Perdi a prática, meus dedos só sabem digitar. Sinto falta da facilidade do caderno, das suas páginas em branco e de um mundo de possibilidades pela minha frente. Sinto falta da agenda em que escrevia meu diário com tanto carinho e intimidade.

Hoje quando escrevo é com uma caneta, definitiva. Sinto falta dos lápis e da minha coleção de borrachas cheirosas.

Com inveja do meu filho de cinco anos, comprei uma borracha branca, um apontador vermelho e alguns lápis. Um rosa neon que vem com uma borracha da mesma cor acoplada na outra extremidade, um preto com desenhos da Betty Boop e um verde escuro com um palhacinho de enfeite. Tenho grandes planos para eles, planos meus, só meus. Quero comprar mais lápis, sentir o cheiro da madeira fresca ao apontá-los e pensar no que escrever enquanto afio suas pontas.

E nunca mais ficar longe deles.

3 comentários:

Fernando Lutterbach disse...

Quero receber uma carta de amor pelo correio. Beijos.

Fernanda disse...

Esses dias recebi um bilhete de amor, escrito a mão.
é tão gostoso!!
ultimamente escrever de verdade tem se tornado um artigo de luxo.

Ludj disse...

Lindo post Carol. Tenho a mesma saudade do lápis e papel na mão...Beijos